Episódio
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A fera de Montana
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Série
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Buffalo Bill
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Dados sobre o episódio
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Leitura: Revista Buffalo Bill nº 34
Data da publicação: 1 de agosto de 1977
Edição: Aguar & Dias, Lda
23 páginas/ p/b
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Resumo
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Nas margens do Red River, Buffalo Bill assiste a um estranho encontro
entre um juiz e os seus dois filhos, que ele sabe serem indivíduos que vivem
à margem da lei.
Ao segui-los descobre que eles atacaram o comerciante que possuía
licença para fazer comercio com os Crows, para o substituírem. O encontro com
os índios corre-lhes mal, mas o rapto do filho do chefe índio obriga a que
estes façam o comércio. A intervenção de Buffalo Bill, no sentido de libertar a criança, permite continuar a manter a paz naquele território. Para os
bandidos fica um fim mais nefasto.
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Comentário
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A capa tem o título errado (A fera da montanha). Argumento de
características exageradamente maniqueístas,
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quarta-feira, 31 de março de 2021
Relendo... ao acaso: A fera de Montana
segunda-feira, 29 de março de 2021
O Faísca nº 1
domingo, 28 de março de 2021
Análise Crítica: O heroísmo de uma vitória
Autor: José Ruy
Editora: Âncora
Data da Edição: 2020
Álbum brochado: 32 páginas
ISBN: 978-989-862-870-7
Preço: 10,90 €
Dimensões: 175 x 246 mm
Análise
José Ruy já utilizara este modelo de narrativa com bastante
eficácia em Operação Òscar e em Mataram o rei! Viva a Republica. Recorrer a
personagens fictícias, colocando-os a contracenar com personagens reais em factos
verídicos.
Portanto, do ponto de vista narrativo, há que enquadrar o
modelo escolhido por José Ruy, e, dentro do estilo adotado, conseguiu os seus
objetivos. Narrar os eventos históricos de modo eficaz, claro, deixando
perceber bem o que é real e o que é ficção.
José Ruy recorre bastante ao texto legendado, sendo aí que
se encontra em maior abundância o relato histórico-verídico, servindo os diálogos,
em que usa balões, para acrescentar os factos ficcionados.
As vinhetas encontram-se bem definidas, separadas por
espaços em branco. Há, em situações muito reduzidas, vinhetas sobrepostas, em
que se tenta mostrar simultaneidade ou sobreposição de observações. A sequência
pela qual é feita a leitura não é optativa. Torna-se claro em cada vinheta qual
é a anterior ou a posterior, e, se em alguns casos houvesse dúvida, o próprio
autor coloca setas que indicam a sequência que ele pretende que o leitor siga.
José Ruy tem um desenho bastante plástico, onde os corpos
denunciam de modo claro o seu movimento, mas mesmo assim, não se inibe de
recorrer a símbolos cinéticos que acrescentam fluidez ao imaginado movimento
dos corpos. Os desenhos de José Ruy não são estátuas. São corpos que se movem
de forma bem explícita.
O autor não pode ser acusado de desenhar figuras sobre fundos
coloridos. Continuando um estilo que já vem detrás, José Ruy explicita bem os
cenários onde a ação decorre, não exagerando, deixando o leitor a admirar o
fundo da vinheta, esquecendo a história, mas colocando os elementos essenciais
que tornam a observação da vinheta agradável.
Na página 2 do álbum surge a indicação das obras consultadas
por José Ruy, e se algumas se dirigem aos eventos históricos, outras são de
pesquisa icónica, de modo a poder fazer bom uso da sua arte de desenhar na
representação de uniformes, vestuários de época, monumentos e orografia locais.
Em todo o desenho há um pormenor, também comum a outros
trabalhos de José Ruy, que parece ser o seu ponto fraco. Quando faz a abordagem
de alguns planos gerais, fica-se com a ideia que as proporções do terreno e dos
corpos representados nem sempre são bem reproduzidos. Como exemplo disso fica a
vinheta reproduzida na contracapa, onde parece haver uma desproporção entre as
dimensões da baía, dos barcos e o seu posicionamento em relação à profundidade
das águas.
A capa é excelente, mostrando toda a mestria de José no
desenho de corpos e objetos e do mar. José Ruy sempre desenhou muito o mar:
Lusíadas, Capitão Bomvento, Fernão Mendes Pinto, etc, e esta capa revela todo o
conhecimento e experiência que ele adquiriu.
Lamenta-se este livro não ser publicado em capa dura, o que
mais tarde ou mais cedo o condenará a ter a capa separada das folhas. O
objetivo deve ter sido produzir uma edição mais barata.
Conclusão
Obra de um grande mestre da banda desenhada portuguesa, que continua a desenhar e a narrar com elevada qualidade. Pertence a um género de que nem todos gostam, narrando eventos históricos, que José Ruy, consegue aligeirar sem adulterar os factos. Mais um livro a juntar a muitos outros de José Ruy, que constituem uma versão alternativa de conhecer a história portuguesa desde a fundação de Portugal até aos tempos contemporâneos.
sábado, 27 de março de 2021
quinta-feira, 25 de março de 2021
Música e BD: Rossini
quarta-feira, 24 de março de 2021
Efeméride: Godard
segunda-feira, 22 de março de 2021
Resistances

sábado, 20 de março de 2021
Henri Dunant
quinta-feira, 18 de março de 2021
da BD para o ecrã: Gaston Lagaffe
quarta-feira, 17 de março de 2021
Efeméride: Dennis the Menace and Gnasher
terça-feira, 16 de março de 2021
Análise crítica: Ao som do fado
Autor: Nicolas Barral
Cor: Marie Barral
Editora: Levoir
Tradução: João Miguel Lameiras
Data da Edição: 2020
Álbum cartonado: 88páginas
ISBN: 978-989-862-874-5
Preço: 10,90 €
Dimensões: 203 x 287 mm
Análise
A história pode dividir-se num prólogo de duas pranchas e
oito capítulos, todos com um título e com número distinto de páginas.
O prólogo não tem nada de relevante. Relata o acidente que
conduziria à morte de Oliveira Salazar, ajudando a localizar a história temporalmente,
mas sem mais nenhuma relação com a restante narrativa. Não se fala da situação
absurda que o país viveu, em que Salazar ainda pensava que governava. A própria
questão da sucessão política não é abordada na história.
Tudo se passa em torno de um médico, que fez a guerra na
Guiné, de onde não parece ter saído com qualquer trauma. Mostra a forma leve
como encara a vida, sem se importar com as consequências que os seus atos podem
ter. Consequências mais do que previsíveis dadas as suas relações com o irmão.
É essa sua conivência com a ditadura, que aparentemente ele
não demonstra, mas de que deveria ter consciência, que leva a que o seu último
ato não seja coerente com a personalidade que sempre adorou a proteção que
sentiu e tudo fez para a manter.
Argumento bem
estruturado, na perspetiva de sequência narrativa, mas com um comportamento da
personagem principal pouco verosímil no final, considerando todo o
comportamento do médico, que é dissecado na obra, pois toda ela gira em torno
de si.
As pranchas encontram-se divididas em vinhetas perfeitamente
definidas por moldura intercalada com espaço em branco. O número de vinhetas é
variável, mas a maior parte das pranchas têm entre seis e oito. Existem algumas
vinhetas maiores, que fazem diminuir o seu número por página, havendo uma prancha
ocupada por uma única vinheta.
Sobre a qualidade do desenho apenas se podem fazer referências
positivas. O autor usa muito bem os rostos para expressar as emoções das
personagens e mesmo os seus pensamentos não expressos, conseguindo em
simultâneo uma plasticidade nos corpos que mostra a vitalidade dos mesmos.
Vê-se que são corpos vivos e não estátuas. O desenho também acrescenta
elementos aos diálogos, complementando a história.
Os cenários são detalhados, sejam os exteriores ou os interiores,
mostrando, no caso dos exteriores, a Lisboa do final da década de sessenta. Os
pormenores paisagísticos que identificam a cidade são muito fortes e
característicos da capital portuguesa.
A narrativa passa-se em diferentes épocas e a cor é usada
para diferenciar as vinhetas que decorrem nesses dois diferentes tempos. Uma
terceira tonalidade é usada para descrever uma situação onírica descrita no
livro.
O tipo de letra e o tamanho estão adequados a uma leitura
fácil, usando o autor, em algumas situações, o tamanho da letra para identificar
distintas intensidades do som.
As legendas praticamente não existem. Apenas em duas vezes
se identificam claramente, para fazer a localização espacial dos eventos
narrados. Algum texto que surge em caixas, parecendo uma legenda, está no
entanto a ser atribuído a uma das personagens sem que esta surja na imagem.
A capa é muito boa. Traduz perfeitamente a personalidade da
personagem, mostrando ainda de modo mais evidente a estranheza que sente com a
opção do argumentista no final.
Um outro elemento contribuinte da qualidade da obra reside
no facto de ser uma publicação original, publicada ainda antes da que ocorreu
em língua francesa, o idioma em que foi escrito.
Mais uma vez opta-se por não se indicar,
incompreensivelmente, o título original deste livro.
Conclusão
Uma obra que se lê agradavelmente, bem desenhado, bem
colorido, bem estruturado, mas com um fim inverosímil que agradará a todos os
que gostam de finais felizes e românticos.
segunda-feira, 15 de março de 2021
Baú das revistas: Policial
Revista
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Policial nº 55
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Ficha Técnica
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Data da publicação: 1 de abril de 1965
Preço: 2$00
Periodicidade: mensal
Dimensões.: 140 mm x 215 mm
Diretor: José de Oliveira Cosme
Propriedade: Aguiar & Dias, LDA
Distribuição: Agência Portuguesa de Revistas
32 páginas
Capa a cores
Interior a preto e branco
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Conteúdo:
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Capa
Sem indicação do autor
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Capa interior
Em branco
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Página 1
O arqueiro de oiro. Episódio da série Maxwell Hawke
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Contracapa interior
Em branco
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Contracapa
Publicidade à Agência Portuguesa de Revistas
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sábado, 13 de março de 2021
Uma página, uma vinheta
quinta-feira, 11 de março de 2021
Música e BD: Wagner
quarta-feira, 10 de março de 2021
segunda-feira, 8 de março de 2021
Análise crítica: Acender uma fogueira
Autor: Chabouté
Editora: Levoir
Título original: Contruire un feu
Tradução: João Miguel Lameiras
Introdução: Pedro Bouça
Data da Edição: 2020
Álbum cartonado: 88páginas
ISBN: 978-989-862-873-8
Preço: 10,90 €
Dimensões: 214 x 295 mm
Análise
A adaptação de um texto literário para a banda desenhada é
sempre um risco, que reside em fazer apenas uma transcrição total das palavras
originais, ilustrando-as. Essa é a opção de alguns autores portugueses que,
pode render do ponto de vista comercial, em relação a algumas obras, mas que na
perspetiva da narrativa gráfica é pobre, pois o texto possui toda a informação possível.
A imagem não vem acrescentar nada de novo.
Há outras opções que passam por usar apenas parte do texto,
ou então modificá-lo, extirpando-o de pormenores mais descritivos.
Chabouté segue um caminho diferente. Usa algumas expressões do
texto original, mas modifica-o do ponto de vista da relação entre o narrador e
a personagem. É como se Chabouté criasse um texto novo.
Chabouté consegue, usando um número não muito elevado de
palavras, transferir para as páginas deste livro todo o conteúdo da obra de
Jack London, e para fazê-lo usa a imagem. A obra está de tal forma estruturada,
que se lhe retirássemos as palavras, toda a história era perfeitamente
entendível e muitos dos sentimentos da personagem eram percetíveis. Alguma
informação seria perdida, mas também dá para perceber que se, Chabouté
quisesse, teria eliminado mais palavras, acrescentado mais imagens e a mensagem
teria sido passada de modo claro e legível.
O desenho não tem muitos elementos paisagísticos, humanos ou
animais. A paisagem é monótona: neve, árvores, um homem e um cão; e tudo gira
em torno dos movimentos e gestos que o homem vai efetuando. O único corte com
esta monotonia é o vermelho da fogueira, nas poucas vinhetas em que surge. Mesmo
do homem pouco se vê. Todo o corpo está sempre tapado e apenas a boca, o nariz
e os olhos são visíveis e são apenas os olhos que transmitem as emoções:
desespero, medo, esperança, resignação.
O cão é apenas um elemento que mostra a desadequação do homem
naquele habitat.
A maior parte das vinhetas encontra-se delimitada por um
traço negro. Outras prolongam-se na vinheta seguinte, ou absorvem as limitadas
por moldura, fazendo o leitor aproximar-se da cena ou a estender-se na paisagem
criando uma maior distancia com os factos que estão a ser narrados.
As tonalidades usadas são muito constantes, evidenciando o
tom acastanhado das roupas do homem na paisagem branca assim como a cor do
fogo. A cor do cão, quase branca, mostra a sua adaptação ao meio em contraste
com o homem.
O texto surge todo em legendas, dentro d emoldura, não
existindo qualquer diálogo. As letras são pretas sobre um fundo branco, num
tamanho e tipo que não dificultam a leitura.
O livro apresenta no final uma galeria de esboços, onde se
pode apreciar algum do trabalho que Chabouté fez para realizar esta obra, e
ainda uma pequena nota biográfica sobre o autor, escrita por João Miguel
Lameiras.
O desenho da capa usa também a contracapa, e parece-me o
ponto mais fraco do livro. Embora relacionado com o conteúdo da obra, não está
ao nível de todo o conteúdo que cada um dos desenhos de Chabouté transmite.
Conclusão
Excelente trabalho de Chabouté. Dentro do género de
adaptação de obra literária, é uma das melhores que já li. Bom trabalho no
texto e no desenho criando uma harmonia perfeita.
Um livro a não perder.
Baú das revistas: Colecção Oásis
Revista
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Colecção Oásis nº 21
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Ficha Técnica
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Data da publicação: 1956 ou 1957
Preço: 3$00
Dimensões: 145 x 210
Periodicidade: semanal
68 páginas incluindo numeração da capa
Propriedade: E.N. P.
Capa em policromia
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Conteúdo:
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Capa
Sem indicação do autor
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Capa interior
Em branco
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Página 3
O cavaleiro traído, Episódio de Claude Duval
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Página 66
Promoção do nº seguinte
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Contracapa interior
Em branco
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Contracapa
Índice dos episódios já publicados na coleção
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sábado, 6 de março de 2021
Da BD para o ecrã: Flash Gordon
quinta-feira, 4 de março de 2021
Efeméride: Rip Kirby
quarta-feira, 3 de março de 2021
segunda-feira, 1 de março de 2021
Baú das revistas: Mundo de Aventuras
Revista
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Mundo de Aventuras 214
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Ficha Técnica
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Data da publicação: 13 de agosto de 1953
Preço: 2$00
Periodicidade: semanal
Dimensões: 215 mm x 290 mm
16 páginas incluindo a capa
Diretor-Geral: Mário de Aguiar
Propriedade: Aguiar & Dias, Lda
Distribuição: Agência Portuguesa de Revistas
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Conteúdo:
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Capa:
Uma aventura na Índia. Início do episódio desenhado por Jesus Blasco
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Página 2:
Ficha Técnica
Episódio em continuação, Guy Gallant.
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Página 3:
Conclusão de Uma aventura de Smily O’Hara, da autoria de Jesus Blasco
Continuação do episódio de Tarzan
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Página 4:
Continuação de Plácido e Mosca na selva
Continuação do episódio de Jim das Selvas, A ilha do terror, de Paul
Norris
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Página 6:
Da série Super-homem o episódio em continuação, Mistério do
Super-homem será desvendado?, desenhado por Wayne Boring.
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Página 7:
Continuação do episódio de Principe Valente desenhado por Hal Foster
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Página 8:
Inicio do episódio de Big Ben Bolt ( Luís Euripo), Luis Euripo contra
Red Dowdy, desenhado por John Cullen Murphy
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Página 10:
Continuação de Os pioneiros da esperança, com argumento de Roger
Lecureux e desenhos de Raymond Poivet
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Página 11:
Continuação do episódio de Steve Canyon (Luis Ciclon), A incrível
ilha enguia, desenhado por Miton Caniff.
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Página 12
Continuação do episódio O buda de marfim, da série Frank Savage, por
Vitor Péon
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Página 13
Continuação do episódio Cisco Kid e o pintor de Paris, por José Luís Salinas
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Página 14
Continuação do episódio da série Brick Bradford, As seis sementes de
Sibed
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Página 15:
Continuação de Luta entre amigos, da série Joe Palooka (Zé Sopapo).
Alice no paraiso Rinbende- concurso publicitário
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Página 16:
Episódio em continuação de Tomahawk Tom, O enigma do cavalo negro,
desenhado por Vitor Peon.
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