Esta obra de Júlio Verne é uma tentativa de ficcionar o
relato da viagem que o próprio fez entre a Europa e os Estados Unidos da
América em 1867 no navio Great Eastern.
Não são as múltiplas personagens do livro que o tornam
interessante. É o navio que se afirma como personagem principal, na sua
estrutura física e na influência que tem nas diferentes personagens. Desde o
pessimista Dean Pitferge, que vê um futuro trágico para o navio ao par
romântico, representado pelo capitão Fabian MacElwin e por Ellen Drake, vítimas
de um amor contrariado.
As pessoas e os eventos são apenas o pretexto que Júlio
Verne usa para narrar uma extraordinária viagem através do oceano, num contexto
social que nasce naquela cidade flutuante em que o espaço reduzido intensifica
e dramatiza as relações pessoais.
No Cavaleiro Andante nº 253, 3 de novembro de
1956,iniciou-se uma adaptação desta obra de Júlio Verne por Fernando Bento, que
duraria até 11 de maio do ano seguinte, no número 280, com uma ligeira
interrupção pelo meio.
Durante este ano de 2016 estive a ler as BD (em continuação) do Cavaleiro Andante ( em 2017 irei terminar de ler as histórias completas) e esta foi precisamente uma delas, confesso que fiquei fascinado com o Trabalho de Fernando Bento ao longo dos 10 anos que durou o Cavaleiro Andante.
ResponderEliminarBoas Festas e um Bom Ano 2017
Sem dúvida que no Cavaleiro Anadante estão algumas dos bons trabalhos de Fernando Bento, um dos melhores desenhadores da banda desenhada portuguesa. Infelizmente, após o fim da revista, Fernando bento praticamente desapareceu da BD portuguesa.
ResponderEliminarBoas Festas e um Próspero Ano Novo.