O tema da guerra colonial poderia
ser uma fonte de inspiração par os autores portugueses, mas não é com frequência que a banda desenhada o
aborda. Numa temática que poderia ser aprofundada em termos do durante, fosse
da perspetiva dos que lá viviam ou dos que que tinham que ir combater, ou do
após, com os traumas de um retorno forçado, são raras as incursões neste campo
da história portuguesa.
O argumento de Cinzas da Revolta,
da autoria de Miguel Peres remete-nos
para o início da guerra, mostrando a violência dos primeiros ataques aos
brancos e a posterior resposta também violenta das tropas portuguesas, quando
uma jovem é poupada à morte e convertida à guerrilha. Em torno dessa rapariga
existe um mistério, que faz com que um grupo de militares, dois anos mais
tarde, tenha como único objetivo libertá-la.
O desenho, de Jhion (João Amaral)
é realista, conseguindo evidenciar a violência da guerra e os sentimentos dos
intervenientes de forma contida. Mostrando a violência, os desenhos conseguem
mostrar em primeiro plano os sentimentos.
Uma obra que merece ser lida.
Olá colecionador de BD. Obrigado pela review no teu blog, só passados dois anos é que a apanhei na net :)
ResponderEliminarAbraço!