Esta é uma daquelas obras obrigatória em qualquer
biblioteca. É uma obra onde o argumento é muito bom, os desenhos excelentes e o
grafismo que funde os três elementos, cor, desenho e argumento é de uma qualidade
notável.
Pelo texto percebe-se a emoção.Depois compreendemos que
cada emoção tem a sua cor e à medida que nos entranhamos na obra, já
não necessitamos do texto para perceber a emoção. Basta ver a cor.
Simon Muchat, com origens portuguesas, é um autor de banda
desenhada que vive em busca da sua identidade.
Numa viagem a Portugal, na interação com um primo e com os
ambientes em que se insere, consegue perceber as razões das suas incertezas,
conhecer os acontecimentos ocorridos em
Portugal que moldaram os caráteres do seu
pai e do seu avô e desse modo fazer a introspeção que lhe indica o seu caminho.
Esta é a história que Cyril Pedrosa, também ele com
ascendência portuguesa, narra de forma cativante e poderosa.
Portugal pode ser o
país onde talvez não seja possível apreender todas as emoções que o autor pretende
passar ao leitor, uma vez que as frases que são ditas em português, que o leitor deveria ter como
incompreensíveis, tal como a personagem de Simon Muchat as ouve, são entendíveis pelo
leitor de língua portuguesas, perdendo-se a emoção que o Cyril Pedrosa pretende
transmitir.
Sem comentários:
Enviar um comentário