sábado, 30 de março de 2013

Auschwitz


Obra desenhada a preto e branco por Pascal Crocci, Auschwitz,  tem o seu início em 1993 na ex-Jugoslávia,  durante o conflito bélico que abalou este país e que levou à sua divisão num conjunto de novas nações, no meio de uma guerra sangrenta com inúmeros massacres por motivos étnicos.
É com essa temática que é feita a transição para a II Guerra Mundial e para o campo de concentração de Auschwitz onde morreram milhares de pessoas pelos mesmos motivos. No final a narração regressa à origem  e com desfecho semelhante.
Uma obra a ser lida por todos para que a memória não se apague.

quinta-feira, 28 de março de 2013

baú das revistas: 100 à hora



Revista
100 à hora n.º 23

Caraterísticas
Data da publicação: 15 de novembro de 1978
Preço: 12$50
Periodicidade: quinzenal
Dimensões: 150 mm x 210 mm
Diretor: António Verde
Propriedade: Aguiar & Dias, LDA
Distribuição: Agência Portuguesa de Revistas
Tiragem: 10000 exemplares
64 páginas
Capa a cores
Interior a preto e Branco

Conteúdo:
Capa:
Desenhada por Felix Molinari

Capa interior:
Em branco
Página 1:
O fantasma do circuito. Episódio sem indicação de desenhador, e com argumento de Eugenio Sotillos
Página 61:
Carro com segredo na manga- texto sobre o automóvel Waverley
Ficha Técnica
Página 63:
Publicidade ao álbum do 1º volume da série Os náufragos do tempo
Página 64:
Publicidade ao CIT
Contracapa interior:
Em branco
Contracapa:
Publicidade à própria coleção

Comentário:
O argumentista é identificado pelo código que as Editions Imperia atribuíam aos seus autores, tendo o código de Sotillos surgido duas vezes. Não é visível o código do desenhador, mas  o site http://www.comicbd.fr atribui a sua autoria a Jose Maria Ortiz

segunda-feira, 25 de março de 2013

relendo...ao acaso: Lucky Luke



Episódio
Arizona 1880

Série
Lucky Luke

Autores
Argumento: Morris
Desenhos: Morris

Dados sobre o episódio
Título original: Arizona 1880
Publicação original: Almanach Spirou 1947
Data da publicação original: 1946
Leitura: Arizona (álbum)
Edição: Público/ Edições Asa – 2006
20 páginas/cor (1ª história do álbum)

Resumo
A diligência que transporta o ouro dos mineiros é assaltada.  Lucky Luke encontra o condutor sob a diligência e o miúdo Tom a tentar salvá-lo. Com a ajuda Jolly Jumper eleva a carruagem para retirar o ferido.
Encontra uma espora no local do assalto e mais tarde, em Nugget City, numa briga no saloon, descobre um jogador a quem falta a espora que encontrou. Segue o bandido que o leva ao local onde estão seus cúmplices. Fica prisioneiro mas Jolly Jumper salva-o e ele vai atrás do chefe do bando, que entretanto traíra os seus dois companheiros, deixando-os amarrados. No final Lucky Luke entra cidade com os três prisioneiros.

Comentário
Trata-se da primeira aparição de Lucky Luke, vindo daí o valor intrínseco do episódio, quer seja a nível do desenho, como do argumento, que é muito incipiente, embora  já se constatem os indícios que permitiriam à série, nos episódios seguintes, conquistar o público.

sábado, 23 de março de 2013

Animais falantes


Animais que falam!
Este é um mundo imenso na banda desenhada. Aqui inclui-se todo o conjunto de personagens Disney, com patos, galinhas, cães,  ratos, etc, que têm comportamentos semelhantes aos humanos.
Aqui irei focar outras personagens que não as Disney. Talvez essas possam ficar para outro momento.
Existem animais que falam com humanos, existem animais que só falam com outros animais e existem aqueles que têm pensamentos humanos que são transmitidos ao leitor em balões com linguagem humana, mas não correspondem a uma  situação em que essa mensagem seja transmitida às personagens humanas.
Não vou aqui fazer uma listagem exaustiva dos animais falantes da minha coleção de banda desenhada, mas focar alguns de distintas épocas e estilos.
Tarzan é uma das séries onde o humano fala com os animais e estes também comunicam com a personagem humana. Veja-se as duas vinhetas de episódios desenhados por Joe Kubert.


Ainda com humanos a comunicar com animais e também com comunicação em sentido inverso temos a série Tetfool, originária da revista Tintin, criada por Eric, e que narra a ligação entre um jovem e os lobos, num mundo onde não faltam os lobisomens.

Nos anos 40 a revista Gafanhoto publicava As Aventuras do Coelhinho Negro

 e também Plácido e Mosca de Cabrero Arnal.

Do mesmo autor e publicado em imensas revistas havia também o cão Top, antecedente do Pif.

Dentro da mesma linha humorística e de histórias curtas temos os interessantes diálogos entre o Zé Colmeia e o guarda

 ou a série Os corvos, esta última publicada no Jornal do Cuto.

No Jornal do Cuto era publicada também a série Gus o Gorila,

 e a bem conhecida dupla Tom e Jerry.

Se os norte-americanos guardam os animais  para as histórias de uma página ou de uma tira, já o mesmo não ocorre na banda desenhada europeia.
Um dos animais favoritos  dos autores é o cão. Há o gorducho Cubitus, a criação de Dupa, que num registo humorístico dialoga com o seu dono em pequenos gags ou em longos episódios de mais de 40 páginas;
 há Attila, de Derib, o pequeno cão detetive que consegue falar com as pessoas e até pilotar aviões;

 num registo sempre humorístico existe o cão Bill, criado por Roba, que embora não dialogue com os seus donos, nos permite conhecer os seus pensamentos ou os seus diálogos com outros cães.
 Outro cão que embora não dialogue com as pessoas, nos dá a conhecer o seu pensamento é o Rataplan, que de personagem secundária da série Lucky Luke passou a ser estrela principal de uma série com o seu nome.

 Milou, o cão do Tintin, também pensa para o exterior, embora não consiga falar com o seu dono. Por vezes também os seus diálogos com outros cães são exibidos.

O desenhador belga Raymond Macherot é um admirador de ratos. Criou duas séries, Clorofila, no Tintin,

 e Sibylline no Spirou. em que estes animais são as personagens principais. 

Os outros personagens são também animais e apesar de as espécies serem diferentes conseguem comunicar com a maior das facilidades entre si. Já o mesmo não se passa com os humanos que embora falem, não comunicam com os animais.
Ainda no que se refere a ratos temos Beany, o ratinho do desenhador Bedu.

Regressando a Lucky Luke não podemos esquecer o seu cavalo Jolly Jumper, que nos faz conhecedores  dos seus pensamentos.

Derib, o mesmo autor de Atilla, é um desenhador com apetência por temas da natureza e de ecologia. Em Yakari, o pequeno índio consegue falar com todos os animais e estes também falam com ele.

Uma outra série interessante e em que todos as personagens são animais é Rififi, de Mouminoux, o passarinho sempre metido em aventuras com os seus amigos.

O pinguim, Alfred, da série Zig e Puce, a criação de Alain Saint Ogan, é um dos outros animais capazes de expressar pensamentos e com a sua capacidade de pensar resolver algumas das situações complicadas  em que os seus donos se colocam.

Com enorme capacidade de comunicação e uma inteligência muito superior está Touky, o tucano, da autoria de Walli, Dupont, e De Groot, o pássaro falante que se indigna quando as pessoas o confundem com um papagaio.

Um português também marca lugar nesta lista, Carlos Roque, o autor do patinho Wladimir.

No mundo de fantasia de Olivier Rameau, a série de Dany e Greg,  onde tudo é possível, também os animais teriam que falar e  comunicar com a maior das naturalidades com os seres humanos.

Referência inda a mais algumas séries belgas onde os animais falam. Em Robin da Mata, a criação de Turk e Degroot,não é muito frequente que tal suceda, mas existem gags onde as personagens de caraterísticas humanas dialogam com os animais;

 também em Prudence Petitpas é possível acompanhar as falas de animais.

Brik Brak, de Aidans e Lamquet, os animais podem falar e transmitir a sua mensagem.

Finalmente a referência a uma série, mais dirigida a um público adulto, mas em que os animais são as personagens, Blacksad, de  Juan Díaz Canales e Juanjo Guarnido. Todas as personagens têm caraterísticas antropomórficas e apenas as cabeças nos fazem lembrar que não são humanos.

Algumas das obras importantes com animais falantes não se encontram neste texto, mas numa primeira abordagem ao tema, aqui ficaram umas quantas que povoam a minha coleção. Um tema a retomar mais tarde.

quinta-feira, 21 de março de 2013

baú das revistas: ABC-ZINHO



Revista
ABC-ZINHO  nº 62

Caraterísticas
Data da publicação: 14 de março de 1927
Periodicidade: semanal (segunda-feira)
Preço: 1$00
Dimensões: 230 mm x 320 mm
Diretor: Cottinelli Telmo
Editor: Carlos Ferrão
12 páginas ( com capa)

Conteúdo:
Capa:
A grande fita Americana – XV- entaipados para sempre, desenhada por Carlos Botelho. (em continuação)

Página 2:
Onde estão? Onde estão? Vejam se descobrem…
Anedotas
Um problema para os espirituosos
Página 3:
Conto: O barco desarvorado. Episódio pertencente à série Mistérios do Tamisa e subintitulado Extraordinárias Aventuras de um guarda do rio.

Página 5:
Pelas cinco partes do mundo
O extraordinário cemitério de Guanajato
Página 6:
Como se desloca o barco de rotores que esteve no Tejo.
Fotos de artistas de cinema
Página 7:
O prémio da valentia dos soldados de pau
Não devemos fazer pouco dos melros
Partidas do ouriço e do mafarrico

Página 8:
A luta contra a neve
Na índia, país das maravilhas.
Página 9:
Conto, O império da serra. (em continuação)
Página 10:
Anedotas
Página 11:
Uma serpente terrível
Passatempo, habilidades, brincadeiras
Página 12:
Por mal fazer… mal haver, desenhada por António Cristino

Comentário:
Revista infantil da década de 20 do século passado, onde a banda desenhada ainda não ocupava o lugar central.  Apenas 3 páginas contêm histórias que podermos classificar como banda desenhada.