quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Uma cidade flutuante

Esta obra de Júlio Verne é uma tentativa de ficcionar o relato da viagem que o próprio fez entre a Europa e os Estados Unidos da América em 1867 no navio Great Eastern.
Não são as múltiplas personagens do livro que o tornam interessante. É o navio que se afirma como personagem principal, na sua estrutura física e na influência que tem nas diferentes personagens. Desde o pessimista Dean Pitferge, que vê um futuro trágico para o navio ao par romântico, representado pelo capitão Fabian MacElwin e por Ellen Drake, vítimas de um amor contrariado.
As pessoas e os eventos são apenas o pretexto que Júlio Verne usa para narrar uma extraordinária viagem através do oceano, num contexto social que nasce naquela cidade flutuante em que o espaço reduzido intensifica e dramatiza as relações pessoais.

No Cavaleiro Andante nº 253, 3 de novembro de 1956,iniciou-se uma adaptação desta obra de Júlio Verne por Fernando Bento, que duraria até 11 de maio do ano seguinte, no número 280, com uma ligeira interrupção pelo meio.




2 comentários:

  1. Durante este ano de 2016 estive a ler as BD (em continuação) do Cavaleiro Andante ( em 2017 irei terminar de ler as histórias completas) e esta foi precisamente uma delas, confesso que fiquei fascinado com o Trabalho de Fernando Bento ao longo dos 10 anos que durou o Cavaleiro Andante.
    Boas Festas e um Bom Ano 2017

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  2. Sem dúvida que no Cavaleiro Anadante estão algumas dos bons trabalhos de Fernando Bento, um dos melhores desenhadores da banda desenhada portuguesa. Infelizmente, após o fim da revista, Fernando bento praticamente desapareceu da BD portuguesa.
    Boas Festas e um Próspero Ano Novo.

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